Neymar, Jesus, os crentes e o amor ao mundo
“Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele;” (1Jo 2.15)
Na comemoração do tricampeonato paulista do Santos, Neymar, um dos principais jogadores santistas, colocou uma bandana na testa com os dizeres “100% Jesus”. Logo depois da comemoração no campo o famoso jogador seguiu em direção a uma conhecida casa de shows. A folia, segundo UOL, aconteceu em uma boate com lista fechada no centro da cidade de Santos. Segundo relato das convidadas, que costumavam sair para fumar, a festa tinha “dez garotas para cada homem”, a maioria trajando microssaias.
Ué? Talvez você se pergunte: Neymar não é evangélico? Como é que ele pode professar sua fé em Cristo e ao mesmo tempo ir para boate curtir a noite com a mulherada?
O pastor da Igreja Batista Peniel, de São Vicente, Newton Glória Lobato afirmou numa entrevista em julho do ano passado que Neymar é dizimista e que se senta nas últimas fileiras da igreja e que tem vergonha de dar o seu testemunho no microfone.
Neymar é um protótipo de boa parte dos evangélicos no Brasil. Na verdade, muitos dos que se autodenominam cristãos pensam que são crentes, sem contudo terem tido a experiência do novo nascimento (Jo 3).
Ora, é impossível amar ao mesmo tempo Cristo e o mundo. Ou somos de Deus e vivemos para Deus, ou somos do mundo e vivemos para o mundo! O problema é que o evangelho pregado por alguns evangélicos, distorce a verdade da Cruz, dizendo para o homem que ele pode seguir a Cristo e ao mesmo tempo curtir os prazeres do mundo.
Seguir a Jesus implica em mudança de vida, de atitudes e comportamento. Seguir a Jesus é muito mais do que cantar hits gospel, seguir a Jesus é muito mais do que colocar bandanas na testa, seguir a Jesus significa negar os prazeres do pecado e viver integralmente para Deus.
Lamentavelmente a geração gospel vibra mais com bandanas, shows e salamaleques do que com àquele que por amor a Cristo abandona os prazeres do mundo.
(Artigo do pastor Renato Vargens, 14/05/2012)
Minha intenção ao publicar este artigo, não foi denegrir a imagem de Neymar, mas colocar você a pensar em sua própria vida. O mais fácil é seguir a multidão e repetir estes atos, que não é prática só de Neymar, mas de muitos que vivem o “murismo”, o “não tem nada haver”, o “raimundismo” (um pé na igreja e outro no mundo).
O evangelho de Cristo não mudou, e quem o segue deve se posicionar. Então posicione como discípulo de Cristo, que é muito mais que ser um evangélico nominal!
Posicione e também ore pelo Neymar e outros. Deus te abençoe!
Rev. Climério Rodrigues da Silva,
pastor da IP de Califórnia.
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