segunda-feira, 4 de maio de 2015

Páscoa, tempo de refletir sobre a obra salvadora de Cristo e do peso do pecado (Lc 22.39-46 )

Ao pensar sobre a Páscoa Cristã, não há como não pensar sobre sofrimento, angustia, ressurreição. Porém, vejo que com o passar do tempo, parecemos ignorar o verdadeiro sacrifício de Cristo pelos pecadores que se arrependem, isto porque por vezes vemos pessoas a banalizar o pecado, subestimar seu poder destrutivo, zombar de Deus desprezando sua santidade e ignorando quão terrível é cair na mão de Deus irado. Desprezam a obra de Jesus na cruz, acham que o que fez foi fácil para ele, pois a final ele é Deus Filho.

O que muitos esquecem, é que Jesus ao vir ao mundo, não deixou de ser Deus, mas se submeteu as limitações físicas, emocionais e mentais do homem, todos os milagres que aqui operou, operou através do Espírito Santo, o que lhe confortava era a intimidade com o Pai.

Quando Jesus estava para subir a cruz ele sentiu:

1) Dor – A dor era experimentada antes de os cravos rasgarem os tecidos e nervos das mão e dos pés, antes de espinhos furarem sua cabeça, açoites rasgarem toda sua pele. Jesus sentiu dor por saber o que lhe aconteceria sozinho, e pelo que aconteceria aos homens por causa do pecado.

2) Angustia – A angustia o levava há um quadro insuportável de dor emocional, o medo da solidão, do completo desamparo, Jesus sabia que o mais terrível na cruz excedia a própria cruz, mas suportar a ira de Deus sem nenhum tipo de conforto e apoio. Vivenciar algo que não era para ele, mas para pecadores, pessoas culpadas e indignas, mas que por amor ele decidiu salvá-las.

3) Pavor – Difícil para nós imaginar o Filho de Deus com medo, mas a Palavra nos revela que ele estava tomado de pavor. O pavor fazia multiplicar as dores, e este pavor não era por que supunha que sofreria, mas ele vinha de uma certeza.

Por isso, me assusta, quando o ser humano trata tão levianamente o ofender a Deus com seus pecados, não digo isso só de pecadores que ignoram a obra de Cristo, mas de ditos pecadores remidos. Não dá para entender, salvos em Cristo não chorar (Mt 5.4) ante aos seus erros, arrepender com tristeza, como fez Davi ao ser confrontado por Natã (2Sm 12; Sl 51).

Hoje é tempo de refletirmos o caro preço do pecado, as terríveis consequências dele e lembrarmos que Deus é Santo e abomina o pecado. Pessoas continuam a cuspir e zombar de Jesus quando pecam deliberadamente e não sentem dor, vergonha e arrependimento de sus atos. Quando pecam deliberadamente, acreditam que Deus tem obrigação em perdoá-los, pois são religiosos, confundem toda a mensagem da graça e querem transformar Deus em um Senhor impotente ante o mal e diminuir o sofrimento de Jesus na Cruz.

Como enxergamos o pecado e reagimos ao pecar, revela realmente nosso entendimento do Evangelho da Cruz. Não tarde em se arrepender em prantos de seus pecados cometidos, não subestime o pecado, nem o que Jesus padeu por causa dos nossos pecados.

(Pastor Climério)


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