MUITO DISTANTE, MAS AINDA NÃO NO CHIQUEIRO!
Lucas 15.11-32

Olho para este texto e fico a pensar na jornada de aventura desde jovem descomprometido e inconsequente. Penso no que ele buscava (amor, reconhecimento e liberdade) e no que ele encontrou (desprezo, humilhação e prisão). Penso que ele saiu para buscar algo que já tinha junto do Pai, mas que não conseguira reconhecer até seu arrependimento no chiqueiro.
Acredito que aquele jovem teve várias oportunidades para se arrepender em sua jornada até aos porcos: em suas primeiras ressacas; em suas primeiras pequenas fortunas gastas; no primeiro falso amigo que o decepcionou; na primeira mulher que levou seu dinheiro; na primeira noite sozinho e lembrando de sua família, no primeiro conselho recebido. E então me pergunto: Por quê foi tão cabeçudo e não voltou quando as coisas já davam indícios de uma grande mancada, de um grande erro?
Obtenho a resposta quando olho para a imagem do chiqueiro e do “banquete de lavagem” oferecido ali. Aquele jovem só se arrepende ali, pois só ali ele percebeu seu estado lastimável, seu pecado e se deu conta do que havia deixado na Casa do Pai. Foi preciso saborear lavagem para acordar e ver seu estado, foi preciso chegar ao chiqueiro para arrepender-se.
Hoje vejo muitos outros filhos que se vão para longe da casa do Pai, longe o suficiente para entristecer ao pai, para trocar hábitos e princípios, para entender que o mundo é bem diferente do que imaginavam, longe, mas não no chiqueiro. Caminhando para ele, mas ainda não nele. Oro por eles, pois parece que o chiqueiro é quase inevitável.
Filhos rebeldes, quem dera arrependessem ates de comer lavagem, antes de chegarem ao fundo do poço. A esperança é que verdadeiros filhos voltam do chiqueiro, machucados, fedidos, mas voltam. Triste é ver que as vezes sofremos por causa de porquinhos que achamos que são filhos. Estes sempre voltaram ao chiqueiro!
Voltem filhos! Deus os abençoem!
Rev. Climério.
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